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Título: Maridos dominadores, esposas (in)subordinadas: as implicações do empoderamento feminino e da masculinidade hegemônica na violência conjugal
Título(s) alternativo(s): Dominant husbands, (in)subordinate wives: implications of female empowerment and hegemonic masculinity on marital violence
Autor(es): Cortez, Mirian Béccheri
Orientador: Souza, Lídio de
Palavras-chave: Gênero
Masculinidade
Empoderamento feminino
Female empowerment
Masculinity
Marital violence
Gender
Data do documento: 4-Ago-2006
Editor: Universidade Federal do Espírito Santo
Citação: CORTEZ, Mirian Béccheri. Maridos dominadores, esposas (in)subordinadas: as implicações do empoderamento feminino e da masculinidade hegemônica na violência conjugal. 2006. 137 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) - Universidade Federal do Espirito Santo, Centro de Ciências Humanas e Naturais, Vitória, 2006.
Resumo: Este estudo investigou o modo como concepções e práticas de gênero atuam na manifestação de conflitos conjugais que resultam em violência física, psicológica ou sexual do marido contra sua companheira. Foram entrevistados individualmente quatro casais, que tinham registro policial de ocorrência de agressão física do marido contra sua parceira e histórico de violência conjugal, utilizando-se um instrumento com duas partes: a primeira recolheu dados sócio-demográficos dos entrevistados e a segunda, composta por um roteiro de entrevista, investigou as concepções dos participantes sobre homem, mulher e relacionamento conjugal. Os dados foram organizados através da utilização do software Alceste (Analyse Lexicale par Contexte d um Ensemble de Segments de Texte) e da Análise de Conteúdo. Os resultados demonstraram a concordância entre os cônjuges em dois pontos relevantes: a) concepções tradicionais de gênero que guiam as práticas domésticas e também o relacionamento do casal e, b) compreensão de que as ocorrências de violência são decorrentes da busca dos maridos pelo controle dos comportamentos das esposas, entendidos por eles como errados ou inadequados. Esses comportamentos têm em comum o fato de ameaçarem o padrão hegemônico de masculinidade e negarem, de algum modo, a concepção tradicional e naturalizada de mulher, como o acesso ao ambiente público por meio do trabalho assalariado. As esposas detalharam o contexto dos episódios de violência, os tipos de agressões (física, psicológica e/ou sexual) e seus prejuízos físicos e emocionais. Já os homens negaram a ocorrência de violência sexual e minimizaram as agressões físicas e suas conseqüências, descrevendo as brigas como eventos com poucas ou efêmeras implicações para a esposa e seu relacionamento. Os resultados foram discutidos com base em dois conceitos principais, masculinidade hegemônica e empoderamento feminino, ressaltando-se a reação violenta dos maridos entrevistados frente aos sinais de autonomia de suas esposas e questões relativas ao prejuízo masculino e feminino ocasionado pela exclusão do homem das discussões sobre o empoderamento feminino.
This study investigates how gendering conceptions and practices affect couples conflicts and husband s physical, psychological or sexual violence against his partner. Four couples, which have police report of physical aggression perpetrated by husbands against their wives and an history of this kind of violence, were individually interviewed, based on a two-section instrument: the first part collected participant s socio-demographic data and, the second one, an interview script, aimed to investigate the participants conceptions about man, woman and couple relationship. Data were analyzed by using software Alceste (Analyse Lexicale par Contexte d um Ensemble de Segments de Texte) and Content Analysis. Results demonstrated the agreement between husbands and wives about two relevant points: a) traditional gender conceptions which guide domestic practices and the couple relationship and, b) comprehension that violence episodes result of husbands attempt to control female behaviors they understand as wrong or inadequate. These behaviors have in common the fact they threat the hegemonic model of masculinity and deny, someway, the traditional and naturalized conception of women, as the access to public domain as a result of paid work. Wives detailed the violence contexts, types of aggression (physical, psychological and/or sexual) and physical and emotional injuries. On the other hand, husbands denied occurrences of sexual violence and minimized physical aggressions and their consequences by describing fights as episodes of little or ephemeral implications to their wives and relationships. Results were discussed based on two main concepts, hegemonic masculinity and female empowerment, emphasizing the violent reactions of the interviewed husbands when in confront with their wives signs of autonomy and approaches to male and female prejudices occasioned by man s exclusion from debates about female empowerment.
URI: http://repositorio.ufes.br/handle/10/6706
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